terça-feira, 5 de junho de 2012

Momentos

Na minha vida académica e mais recentemente profissional existiram momentos de derrotas e momentos de vitórias, estes últimos que foram saboreadas sempre euforicamente por uma família, que por entre todos os seus defeitos tem a enorme capacidade de saber comemorar pequenos ou grandes feitos de qualquer dos seus membros, sempre com grande entusiasmo e alegria.
E podendo isto soar sempre como grandes clichés, atrás de uma fase menos feliz vieram sempre fases boas.
A  minha vida no secundário foi miserável, com uma adaptação péssima, cheguei mesmo a pôr os estudos em causa. Mas à custa de um grande esforço lá me arrastei eu para aquela que foi a pior escola em que estive, e lá fiz eu o secundário, em quatro anos, mas fiz. E o primeiro obstáculo veio daí, da impossibilidade de entrar na universidade no primeiro ano em que podia concorrer.
E lá fiz o segundo 12º com três disciplinas.
Hora dos exames nacionais e tinha de tirar 9.5 no exame de matemática (matemática essa que depois nunca mais me serviu para nada), primeiro exame de matemática tirei uma nota muito abaixo disso (até tenho vergonha de pôr aqui o valor), última hipótese seria a segunda fase. Fechei-me em casa e fiz num mês um livro com muiiiitasssss páginas, completo! Foram tantos e tantos exercícios, tantas e tantas horas agarrada àquilo, e a nota do exame veio…9.5, precisamente, nem mais nem menos!
Bem, aquilo para mim, foi um 20! Alegria geral, abraços e beijinhos, e muitos parabéns!
Mas depois desta, a fase seguinte também não é muito fácil, concorrer para a universidade.
E no dia dos resultados, eu sentada ao pc do meu quarto, sem ninguém saber que eu já andava à procura das colocações. A minha net era daquelas que quase à manivela, e eu ali naquela ansiedade, e veio o resultado: colocada na segunda opção, e hoje sei que ainda bem que não fui para a primeira.
Outra vez festejos, alegria, telefonema para a mana, lagrimitas dos pais.
E lá fui eu para longe, uns dos melhores anos da minha vida, adorei, ótima integração, três anitos!
E voltámos a uma fase má, um péssimo estágio curricular com muitos quilos perdidos e muita ansiedade vivida, mas foram só três meses, e depois veio o estágio profissional, que apesar de não ter sido o ideal, foi bom!
Mas e arranjar trabalho depois disso? Um ano que apesar de no global não ter sido mau, foi um ano de desemprego, um ano de sentido de inutilidade e em que pensei muitas vezes se teria valido a pena todo o esforço anterior, mas eis que este ano aparece o emprego, que espero seja o “da minha vida”, e voltámos a ter alegria e beijinhos e abracinhos e “que bom”, e “nem acredito”, e toda a gente à minha volta a despejar quilos de amor e de boas energias, e eu a aceitar aquilo tudo e a agradecer muito!

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