Talvez por não ser tão comum, talvez por também viver num arquipélago e saber as dificuldades que o isolamento nos traz, estes fogos da Madeira me tenham chocado tanto.
Que não imagino o desespero que é perder tudo, dos maiores valores àquelas pequenas coisas que todos temos nas nossas casas, que nos foram oferecidas, que têm valor para nós. Uma carta de alguém que já morreu e que guardávamos como se fosse um tesouro, uma fotografia dos filhos em bebés, um íman de frigorífico trazia daquela viagem de lua de mel, e pior que tudo isto o cão, o gato, os nosso fieis amigos que ficaram no meio de todo aquele mar de chamas.
Há coisas horríveis que acontecem todos os dias, e os incêndios a mim partem-me o coração, deixam só cinzas a quem passou uma vida a construir a sua casa, a sua "alegre casinha". Ninguém merece!
A mim, imagens como esta arrepiam-me! A quem encontra a sua casa no meio de imagens como estas certamente morre aos bocadinhos no meio de tanta destruição.
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