Uma pessoa acorda e pensa "bora lá que hoje é sábado de trabalho, é dia da asneira da dieta e há convívio e comes e bebes". É lá nos levantamos vestimos e preparamo-nos para um dia que ia ser cheio, mas cheio de coisas boas. Saímos do trabalho, que até correu bem, mas que passou devagar, devagarinho, e vamos para uma tourada (um dia explico o que é isto das touradas da Terceira), comemos umas quantas coisas boas, passamos um bocadinho com a família e lá vamos nós embora. Ele segue para uma churrascada, eu sigo para um velório...Pois, não estava programado para o dia, mas infelizmente, e literalmente, a vida é assim. O melhor, no meio do mal, é a prova mais uma vez de que grupos de amigas como as minhas F. são realmente raros, e numa situação destas, das piores, a questão não é "epá, mas vamos? Ou não e ligamos só a dar um beijinho?". Nop, aqui com as F. é mais "a que horas vamos?". E fomos, e ainda bem que fomos, que a cara com que a nossa super mamã olhou para nós quando nos viu ali, foi de um alivio, de um "ainda bem que aqui estão que eu já não aguento mais". Ir a um velório não traz ninguém de volta, nem alivia a dor de quem ficou, mas ontem fez uma pausa na tristeza da nossa M. Enfim. Fomos, e depois de deixarmos a nossa super mamã entregue à família, fomos relembrar tempos antigos e "vamos lá beber uma margarita que há muito tempo não conversamos". Conversámos, rimos e ainda soltámos umas lágrimas. A noite acabou cedo, a minha, porque a do namorado acabou às 5 e tal da manhã, e eu só dei por ele hoje às 11 da manhã. Uma noite bem dormida, como há muito tempo não tinha, um dia bem passado apesar de uma amiga ter perdido alguém querido.
Há dias...
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