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Não gosto de ser ingrata (mas sou-o tantas vezes). Gosto de agradecer pelo que tenho (e é muito), e dou muito valor à sorte que tive(mos) pelo trabalho que nestes dias tão difíceis conseguimos arranjar, com esforço e mérito, mas também com uma pinguinha de sorte. Mas faz parte de isto de ser humano nunca se estar completamente satisfeito. E rói-me um bocadinho que com esta idade sinta que aquilo que faço podia ser mais, que se me deixassem podia pôr em prática muitas ideias, e que se as pessoas que ocupam cargos de chefias soubessem minimamente o que isso significa, que tudo seria diferente. E depois fico deliciada com as pessoas que têm uma paixão enorme por aquilo que fazem e que conseguem fazer coisas incríveis, e que não param de pensar em novas ideias para pôr em prática. Essas pessoas que falam do trabalho como se estivessem a falar de um novo amor.
Não me interpretem mal, adoro o que faço, mas quando tenho menos trabalho, fico a pensar naquilo que poderia fazer tendo em conta a "matéria prima" que o meu trabalho me oferece, e que por causa de terceiros não é possível. Não digo que faria tudo de forma perfeita, não digo que seria tudo belo e amarelo, mas sei que se podiam fazer grandes coisas, mas que por ignorância ou falta de vontade de terceiros torna-se impossível.
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