terça-feira, 28 de abril de 2015

Vida...

Life, too, is like that. You live it forward, but understand it backward.
daqui
Durante estes dias por cá dei por mim a pensar se realmente haverá um destino, forças que nos ligam aos acontecimentos da nossa vida, ou se realmente é tudo por acaso. Acho que há uma força maior, e querendo acreditar num Deus, sei que ele se ri à gargalhada da minha vida e daquilo que me foi acontecendo ao longo dos anos, e felizmente esse Deus é muito simpático comigo. Mas pensando que eu sou de uma ilha e que este meu rapaz é de um Alentejo longínquo e que mesmo sendo de ponto opostos de um país nos encontramos (aos dois e a nós próprios) e nos fizemos felizes (aos dois e a nós próprios), pensar que tudo isto aconteceu por um acaso é difícil de acreditar.
Saber que se não nos tivéssemos cruzado a nossa vida hoje seria tão diferente assusta. Perceber que se algo tivesse falhado, se eu não ter vindo para o Alentejo, ele não ter ido para a universidade, eu não ter tido um ex-namorado que era um traste, ele não ter uma ex-namorada tonta, ou ainda outras tantas coisas anos mais tarde, tanta coisa que podia ter falhado. E aqui consigo perceber que sem ele não conhecia esta terra, não conhecia todos estes amigos que tenho aqui, não tinha, ainda, sobrinhas lindas nem a restante família que considero como minha.
E se pensarmos nisso, quantas das coisas importantes que nos acontecem não são assim: resultados de acontecimentos  ao longo da vida e que depois, juntos nos vão levar a um sítio importante, que poderá ser positivo ou não. É, no mínimo irónico preocuparmo-nos com coisas tão pequeninas no dia-a-dia quando na verdade o mais certo é que tudo aquilo conflua para algo maior.

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